A Educação é a base para o Desenvolvimento

O PROFESSOR JOSÉ LUIZ “BORRACHA” é formado em Administração de Empresas pela UFF e atua no setor de Educação há mais de 20 anos. Foi diretor do Ciep 263, atuou na área de Educação Profissional no SENAC, SENAI e Colégio Estadual Chequer Jorge. É membro do Conselho Superior do Instituto Federal Fluminense e trabalha no C. E. Buarque de Nazareth, curso Técnico de Informática. Atuou na coordenação geral do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), núcleo de Itaperuna. EM RELAÇÃO A MOVIMENTOS SOCIAIS, o professor foi um dos fundadores da Associação de Moradores do Bairro Vinhosa, Movimento Afro-Brasileiro de Itaperuna (MOABI), CENIERJ, Sociedade dos Amigos da Cultura de Itaperuna e da Academia Itaperunense de Letras, tendo inclusive, publicado o livro “Janela dos Vinte”. A defesa dos trabalhadores, a luta contra as injustiças sociais e raciais, a eterna luta pela Democracia são ‘tatuagens’ impressas na história do professor. "Borracha", quando SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ITAPERUNA, contribuiu de maneira significativa com a melhoria do sistema educacional do município.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O papel do gestor público, por Anderson Souza


Em mais um momento de inquietação com os caminhos desenhados por nossos governantes para a sociedade brasileira, coloco-me em profunda reflexão e me questiono: qual é o papel de um gestor público para a sociedade à qual ele representa?   Entendendo que o processo de ingerência de um gestor público passa pela escolha popular através do voto.

Pois bem, mas nós enquanto sociedade, sabemos qual é o papel de um gestor e a importância de nosso voto?

Entendo que não podemos mais nos dar ao luxo de termos como nossos gestores pessoas que não tenham o comprometimento com o principal objetivo da gestão pública, que é o Bem Comum. Tendo em vista toda problemática social, é também dever de um gestor público a implementação de políticas públicas e fomentação do desenvolvimento social e econômico de uma determinada cidade ou região.

E nós, enquanto sociedade civil, qual é a importância que temos nesse processo?

É de uma grandeza sem precedentes! O envolvimento de todos nós é de fundamental importância e, ainda, que nos aculturemos de uma doutrina social que nos permita entender o principal objetivo, que é o Bem Comum, em que a desigualdade social não seja usada como trampolim para o crescimento econômico de determinado grupo político.

Assim estaremos contribuindo para que no futuro haja uma sociedade mais justa e comprometida com o ser humano.

Adm. Anderson Souza
CRA-RJ 20-74948-1

Anderson Luiz de Souza: é formado em Administração de Empresas, com especialização em Gestão Pública, atualmente ocupa o cargo de secretário Municipal de Educação, em Itaperuna/RJ.

Um verdadeiro “banho de água fria” na Educação



Reprodução da Internet

No último sábado, dia 30, a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro divulgou as 305 escolas entre as 1381 do estado do Rio que foram premiadas com uma bonificação aos professores, diretores, serventes, merendeiras e demais servidores da área de Educação que chegarão a embolsar até 3 vencimentos básicos. De 75 mil matrículas, somente 14.497 (aproximadamente 19%) receberão adicional.

Tal bonificação ou premiação foi regulamentada pela resolução SEEDUC Nº 4768 de 07 de fevereiro 2012 que foi instituída pelo decreto n°42.793 de 06 de janeiro de 2011 e alterado pelo decreto n° 43.451 de 03 de fevereiro de 2012. Segundo a própria SEEDUC, são 40 milhões investidos.

Mas, já que falamos que somente 19% dos professores receberam tal premiação, vamos fazer outras contas. Por exemplo, o bônus será um alívio momentâneo no orçamento doméstico desses quase 15.000 professores, pois segundo dados oficiais, mais de 80% dos mesmos encontra-se com algum empréstimo consignado que é descontado em folha. Mas será que o “banho de água fria” nos outros 60.000 funcionários não foi mais prejudicial e com efeito na educação bem mais duradouro, do que esse alívio momentâneo de alguns? Os 40 milhões, da forma que foi investido, sem dúvida foi mais desestimulante para a maioria esmagadora dos profissionais da área.

A expectativa nas escolas era grande. Quem não ganhou tal bonificação fica com uma sensação de incapacidade e frustração, pois as metas a serem alcançadas não dependem só do professor em sala de aula ou da merendeira. São uma série de fatores que influenciam como o fluxo escolar, as faltas dos professores, o lançamento de notas no sistema no tempo determinado, a prestação de contas dos diretores das unidades escolares, entre outros. Foi realmente um banho de água fria. como já foi dito, talvez tal bonificação paga apenas a alguns, soa como um tiro no próprio pé.

Educação se faz com investimentos, mas não dessa forma. Precisamos de professores estimulados sim a ensinar melhor, a dar o melhor de si; mas, não é pagando diferenciadamente que isso acontecerá. O critério de bonificação não deu certo nos EUA, não deu certo em SP e não dará certo, obviamente no Rio de Janeiro. Talvez, o mal já foi feito. Banho de água fria em casa faz bem. Na educação não é uma boa idéia.

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